A Onda TradFi de Adoção Cripto: de Projetos Piloto à Integração Completa

  • 3 min
  • Publicado em Jul 6, 2025
  • Atualizado em Nov 13, 2025

As criptomoedas não são mais apenas para exchanges, startups ou protocolos DeFi — estão se tornando parte do sistema bancário do dia a dia. Apenas nas últimas semanas, instituições financeiras tradicionais dos Emirados Árabes Unidos, Bélgica e Japão lançaram serviços de criptomoedas, sinalizando uma nova onda de adoção por parte de alguns dos bancos mais confiáveis do mundo.

 

Do experimento à implementação

Por anos, "adoção de criptomoedas pelos bancos" significava programas piloto, testes beta fechados ou serviços experimentais de custódia — coisas às quais o investidor de varejo não tinha acesso, além talvez de algumas manchetes de imprensa.

Isso está mudando rapidamente.

De acordo com um relatório conjunto recente realizado pela Ripple, CB Insights e CBT do Reino Unido, as instituições financeiras tradicionais investiram desde 2020 mais de 100 bilhões de dólares em iniciativas blockchain, com um foco crescente em produtos reais para clientes.

  • Rakbank dos EAU tornou-se o primeiro banco tradicional da região a permitir negociação de criptomoedas para varejo diretamente em seu aplicativo móvel.
  • Os bancos sul-coreanos Woori e Shinhan formaram grupos de trabalho dedicados a stablecoins e carteiras digitais, dando passos em direção à integração em larga escala de pagamentos em blockchain.
  • Minna Bank do Japão, o primeiro banco 100% digital do país, explora aplicações de stablecoin na Solana para liquidações transfronteiriças.
  • KBC Bank da Bélgica planeja lançar negociação de varejo com Bitcoin e Ethereum, com foco em conformidade e educação financeira.

Não estamos mais falando sobre projetos secundários — estamos falando sobre ofertas principais.

 

Por que os bancos estão apostando em ativos digitais

Um fator é a clareza regulatória. A adoção de leis como o GENIUS Act nos EUA oferece aos bancos um quadro mais claro para trabalhar com stablecoins e ativos cripto. Outro fator: pressão competitiva. À medida que fintechs como PayPal, Visa e Stripe lançam funcionalidades cripto, os bancos se movem rapidamente para responder à demanda diretamente em suas próprias plataformas.

Para os clientes, o benefício é a comodidade. Os bancos estabelecidos simplificam a aquisição e uso de criptomoedas e, pela sua natureza de players TradFi, ajudam os usuários a superar um "doloroso" ponto de fricção da adoção no mundo real: a entrada e saída de/para moeda fiduciária (on/off-ramp).

Assim, torna-se mais fácil do que nunca tanto para "nativos" cripto quanto para os não iniciados começar — seja falando sobre negociar Bitcoin na exchange preferida ou usar a velocidade e comodidade que o blockchain oferece para pagamentos e segurança.

 

A convergência cada vez mais visível entre cripto e finanças tradicionais (TradFi)

Esta onda de adoção entre os bancos tradicionais pode marcar um ponto de virada no caminho das criptomoedas para o mainstream. À medida que mais bancos integram produtos baseados em blockchain, os clientes têm acesso fluido às criptomoedas através das plataformas nas quais já confiavam.

Do Rakbank, em Dubai, ao KBC, em Bruxelas, a mensagem é clara: os ativos digitais não são mais um experimento — estão se tornando parte do sistema bancário do dia a dia.